terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Sinais da Vida


No começo foi apenas um fio de luz.
Uma mostra pequena de cores.
Uma brisa suave que levou o peso... No começo, era apenas uma visão menos distorcida da minha escuridão, do meu mundinho sem vida.
Não sei exatamente como e nem o porquê, mas entrei em libertação sem planejar isso.

A escuridão caiu, meu filete de luz aumentou...
Mas eu ainda não sentia nada. Meus erros ainda eram latentes.
Muito presentes em mim.

Eu ainda era feita de um coração de gelo.
Ninguém podia me ouvir. Ninguém podia me ver.

A frustação, eu ainda sentia. Na minha arte.
A decepção por eu ser eu ainda era constante.
Então eu escutei a frase que começou a me mudar lentamente:

"Eu te amo mais do que você jamais saberá".

Isso foi me fazendo querer sair daquele poço. Mas não está sendo fácil.
Palavras maravilhosas me fizeram querer mudar
.
E a mudança é boa. Mas dói. Agora eu sinto. Sinto a dor.
Uma dor quente, ardente.
Mas uma dor tão boa quanto a mudança.
Por que é uma dor que mata o meu 'eu'. Mata aquele monstro.
Me fez mais humana.
Por aquele amoroso Sacrifício que Cristo fez por mim.... eu posso ser mais humana.

E toda vez que eu me a proximo dele... eu me sinto mais suja.
A impureza aparece mais sob a Luz Dele.
Mas também me sinto mais amada. Sinto que posso ser lavada, e remida. Também posso ser salva de mim mesma.

os Sinais da Vida nunca estiveram tão marcados no meu coração.
São marcas que eu não apagaria, mesmo doendo.
Esses Sinais da Vida, me amadurecem.
Me fazem mais viva de certa forma.
Sinais da Vida que ninguém sabe, ninguém imagina.
Ninguém vê. Ninguém sente com tanta intensidade, ou imagina essa intensidade.

Sinais que são subestimados por que não sofreu.
Eu nunca achei que eu fosse tão boa atriz, para que não soubessem o quanto me machuquei.
A psique destruida.
Um cânion na alma, ecuro e podre.
Uma vida morta. Olhos cegos.

Um monstro que surgiu de uma vida que outrora era frágil.
E, ninguém entende quantas vidas esse monstro matou.
Parasita.
Matou a própria hospedeira.
E esse monstro morre, a cada dor que eu sinto.
POr isso eu deixo doer. Deixo queimar. Deixo eu me envergonhar. Deixo eu estar errada.
Para que enfim eu possa me colocar no meu lugar.
E enfim eu possa ser sincera.


E adorar a Deus em espírito e em verdade.

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